A Tempestade Cap. IV
Capítulo IV - Mau dia no Escritório
Dentro do escritório de Pedro Nascimento na baixa do Porto. Ambiente escuro.
“Ora bem, vamos recapitular Sr. Teixieira… O senhor pretende… Acha que se encontra no direito moral de exigir isso da sua mulher? Sabe que, isto pode prolongar-se durante anos e anos… Porque veja bem, você mete uma acção em tribunal contra a sua mulher. Muito bem. Ela vai tentar negociar. Você não vai querer. Vamos para Tribunal e você pode ganhar ou perder e... SE ganhar, a sua mulher recorre, aliás ela ja deixou isso bem claro, pelo que me consta. Mas se ELA ganhar, você recorre e isto prolonga-se durante 4-5anos, pelo menos…”
“5 anos?!”
“Pois é Sr. Teixeira, pelo menos! Até parece que não sabe «comé» que a Justiça funciona aqui em Portugal?!”
Teixeira mete a mão à cabeça, nervoso.
“Portanto das duas uma, eu só vejo mesmo duas hipóteses aqui, ou você desiste desta acção por completo e engole este sapo… Ou entao você mete a acção e faz um acordo com a sua mulher.”
“Um acordo?! Eu nem quero falar com a minha mulher quanto mais negociar! Negociar o quê afinal? Ela não vai ficar com nada meu!”
“Pronto… Agora espere… então está-me dizer que vamos com a acção pra frente não é? Agora prepare-se porque a sua consciência e o seu orgulho vão-lhe sair caro… Ora veja, a acção vai-lhe custar pelo menos 1000 euros, mais os meus honorários, mais mil euros e isto só a primeira acção, depois no recurso mais 2000 euros para o tribunal, no mínimo, no mínimo! Mais 3000 euros de honorários..portanto..!”
“3000 euros de honorários? Eu não tenho dinheiro pra isso tudo Dr. Não me pode cobrar isso, nem o seu pai me cobrou assim tanto”
“O meu pai não é pra aqui chamado, pra além dele já não trabalhar aqui. Eu disse-lhe as coisas como elas são, portanto esta acção e o recurso, que eu garanto que vai surgir, garanto Sr. Teixeira! Vai-lhe custar 7000 a 7500 euros Sr. Teixeira portanto...”
“7000?! Isso é um ROUBO!” Levanta-se a aponta o dedo “O seu pai era um homem sério, agorA VOCÊ..:Você..:!”
“Sr. Teixeira...”
“Você dirige isto como um banquinho pessoal a roubar todos os clientes!!”
O homem sai disparado pela porta.
Pedro serve-se de Jack Daniel's e alarga a gravata...
“D. Irene ligue aos restantes clientes de hj e marke para amanha...” diz o Pedro ao interfone.
“Mas Sr. Dr. Eu tenho um cliente aqui...”
“Faça o que eu lhe disse se faz favor D. Irene!!”
“Mas o que é que eu digo...”
“Invente Irene, invente!! É pra isso que lhe pago!” desliga o interfone na cara de D. Irene.
Dá um grande gole no whisky.
Olha para o telefone e começa a marcar o número (Luciano) – mete em alta-voz
Tou...?
“Luci..?”
(fade-out)
Dentro do escritório de Pedro Nascimento na baixa do Porto. Ambiente escuro.
“Ora bem, vamos recapitular Sr. Teixieira… O senhor pretende… Acha que se encontra no direito moral de exigir isso da sua mulher? Sabe que, isto pode prolongar-se durante anos e anos… Porque veja bem, você mete uma acção em tribunal contra a sua mulher. Muito bem. Ela vai tentar negociar. Você não vai querer. Vamos para Tribunal e você pode ganhar ou perder e... SE ganhar, a sua mulher recorre, aliás ela ja deixou isso bem claro, pelo que me consta. Mas se ELA ganhar, você recorre e isto prolonga-se durante 4-5anos, pelo menos…”
“5 anos?!”
“Pois é Sr. Teixeira, pelo menos! Até parece que não sabe «comé» que a Justiça funciona aqui em Portugal?!”
Teixeira mete a mão à cabeça, nervoso.
“Portanto das duas uma, eu só vejo mesmo duas hipóteses aqui, ou você desiste desta acção por completo e engole este sapo… Ou entao você mete a acção e faz um acordo com a sua mulher.”
“Um acordo?! Eu nem quero falar com a minha mulher quanto mais negociar! Negociar o quê afinal? Ela não vai ficar com nada meu!”
“Pronto… Agora espere… então está-me dizer que vamos com a acção pra frente não é? Agora prepare-se porque a sua consciência e o seu orgulho vão-lhe sair caro… Ora veja, a acção vai-lhe custar pelo menos 1000 euros, mais os meus honorários, mais mil euros e isto só a primeira acção, depois no recurso mais 2000 euros para o tribunal, no mínimo, no mínimo! Mais 3000 euros de honorários..portanto..!”
“3000 euros de honorários? Eu não tenho dinheiro pra isso tudo Dr. Não me pode cobrar isso, nem o seu pai me cobrou assim tanto”
“O meu pai não é pra aqui chamado, pra além dele já não trabalhar aqui. Eu disse-lhe as coisas como elas são, portanto esta acção e o recurso, que eu garanto que vai surgir, garanto Sr. Teixeira! Vai-lhe custar 7000 a 7500 euros Sr. Teixeira portanto...”
“7000?! Isso é um ROUBO!” Levanta-se a aponta o dedo “O seu pai era um homem sério, agorA VOCÊ..:Você..:!”
“Sr. Teixeira...”
“Você dirige isto como um banquinho pessoal a roubar todos os clientes!!”
O homem sai disparado pela porta.
Pedro serve-se de Jack Daniel's e alarga a gravata...
“D. Irene ligue aos restantes clientes de hj e marke para amanha...” diz o Pedro ao interfone.
“Mas Sr. Dr. Eu tenho um cliente aqui...”
“Faça o que eu lhe disse se faz favor D. Irene!!”
“Mas o que é que eu digo...”
“Invente Irene, invente!! É pra isso que lhe pago!” desliga o interfone na cara de D. Irene.
Dá um grande gole no whisky.
Olha para o telefone e começa a marcar o número (Luciano) – mete em alta-voz
Tou...?
“Luci..?”
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